quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Comunicação de Moda

Publicitárias falam às futuras designers de moda; desafios e estratégias de comunicação no foco

Dica às alunas: procurar agência antes de terminar a coleção
     Cliente, briefing, planejamento, criação, pesquisa, lançamento. Essas e outras palavras marcam similaridades entre a atuação de designers de moda e publicitários. E não são apenas os processos de desenvolvimento de coleções e campanhas que são parecidos. Por isso, o tema Comunicação de Moda ganhou um espaço na programação da IV Semana Acadêmica do Design de Moda da UCPel na noite desta quinta-feira (11). As publicitárias Cadija Souza, Bruna Gonçalves e Juliana Hax expuseram sua experiência no atendimento de empresas de confecção junto a agência Santa Anna.

        Para abrir a palestra, o trio falou sobre o funcionamento de uma agência de comunicação integrada e as fases do processos até chegar ao consumidor da marca, que contratou a agência. "Normalmente, o cliente (empresa ou pessoa física) chega com um problema", relata Cadija.  Lançar uma coleção de moda seria um exemplo de problema de comunicação que seria solucionado através de estratégias a serem criadas pela agência em conjunto com o cliente. Juliana lembra que neste ponto devem ser reunidas o maior volume possível de informações sobre o cliente, a marca, a coleção e, sem dúvida, sobre o público a ser atingido. "Quanto mais informações, mais o trabalho será focado, e melhor será o resultado", ressalta. Junto ao atendimento, ou seja, recolhimento de informações através de briefing e de pesquisa sobre as questões que envolvem o problema, está o planejamento, que não é muito diferente da etapa existe do desenvolvimento de coleções de moda, destacam as publicitárias. Porém é essencial um trabalho em conjunto para que o resultado final tenha uma identidade única. Procurar um agência antes da coleção estar pronta seria o ideal, segundo elas.

     Outra dica, que é encarada como desafio também na moda, é deixar de lado o gosto pessoal. O importante é a opinião do público-alvo. "A gente precisa vender, não importa se achamos horrível". Cadija destaca aqui o poder dos bons argumentos, isso tanto com o consumidor final quanto com o próprio cliente da agência. "Quando o cliente chega com uma ideia, ele acha que é a melhor do mundo", conta Juliana. Mas as palestrantes lembram que nem sempre é a estratégia mais adequada ao momento, ao público ou ao produto e conceito da marca. "Todas ações devem ser pensadas estrategicamente". E dentre essas ações, a construção de relacionamento com os público é elencada como a mais difícil, já que exige continuidade. O Twitter tem sido utilizado no trabalho feito para a Pé de Banana e 5 Marias, auxilianado na interação e manutenção de relacionamento com os públicos das lojas.


Por Larissa Rilho Munhoz
@larissamunhoz

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